O uso dos smartphones popularizou-se de forma espantosa, segundo a 29ª edição da Pesquisa Anual do Uso de TI, da Fundação Getúlio Vargas, e coordenada pelo Prof. Fernando S. Meirelles, o número de smartphones em uso no Brasil chegou aos 220 milhões, em maio de 2018. Além das facilidades de comunicação óbvias, isso também trás uma situação de alerta para as Organizações, devido a possíveis usos indiscriminados por parte de alguns, como, por exemplo, desvio de atenção durante reuniões, ou distrações durante o horário de trabalho provocado por navegação improdutiva, além, é claro, dos problemas de segurança de informação, advindos da incrível facilidade em filmar e fotografar.
Interessado e curioso sobre o assunto, busquei algumas pesquisas sobre políticas de uso do smartphone nas Organizações. Como não as encontrei, resolvi fazer, eu mesmo, uma pesquisa através do GestaoIndustrial.com. As respostas foram obtidas no período de 18/04/2018 a 01/06/2018, totalizando 164 respondentes. Veja, a seguir, os resultados.
Vemos que a maioria dos visitantes do GestaoIndustrial.com que responderam a pesquisa trabalha em empresas com até 50 colaboradores, depois temos a faixa dos que trabalham em empresas com mais de 1000, entre 200 e 1000, e por último, entre 50 e 200 colaboradores.
Apesar de todas as facilidades do uso do smartphone na nossa comunicação do dia a dia, existem possíveis e graves consequências pelo mau uso dos mesmos, principalmente no tocante aos aspectos de segurança e produtividade. Ainda assim, vemos que 57% dos respondentes afirmaram que a empresa onde trabalham não tem qualquer Política de uso de smartphone. Ter uma Política escrita foi indicado por apenas 24% dos respondentes.
Fazendo uma análise cruzada entre o tamanho das Organizações e as respostas sobre a existência de Política, percebemos um certo equilíbrio entre os diferentes portes de empresas.
Considerando as empresas que têm uma política escrita, pouco mais da metade (54%) disse ter sido solicitado a assinar algum tipo de termo de ciência.
Fazendo uma análise cruzada, percebemos que as pequenas (até 50 colaboradores) e grandes empresas (mais de 1000) parecem ser as mais interessadas em obter um termo de ciência da Política de uso de smartphone assinado.
Dos respondentes que trabalham em empresas que têm algum tipo de Política para uso de smartphone (não necessariamente escrita), 63% disseram haver determinação para não se utilizar o celular em reuniões.
Segundo os respondentes, as empresas de maior porte parecem ser as mais liberais quanto ao uso do smartphone em reuniões.
Quanto ao uso de aplicativos, quase metade dos profissionais (47%) que disseram trabalhar numa empresa que tem algum tipo de Política (não necessariamente escrita) indicaram não haver exigência para configurações específicas de segurança.
Pelas respostas dadas, as empresas grandes (mais de 1000 colaboradores) parecem ser as mais exigentes quanto à instalação e uso de aplicativos em smartphone.
Quanto às restrições de uso do smartphone, a maior preocupação parece ser quanto a fotos e filmagem.
Pelas respostas dadas pelos profissionais que visitaram o GestaoIndustrial.com, as empresas com mais de 1000 colaboradores, enquanto mais liberais no uso do smartphone durante o horário de trabalho, parecem ser as mais preocupadas quanto ao aspecto de segurança de informação (fotos e videos).