Você, provavelmente, já experimentou a sensação de ouvir uma nova música e não se agradar muito com ela no começo, mas, depois de ouvi-la várias vezes, você até começa a curti-la. Ou, então, um novo produto que é comercializado não chama sua atenção no primeiro momento, mas depois de tanto ver propagandas, comentários na internet, e matérias sobre ele, você começa a vê-lo com outros olhos. Por que isso ocorre? Entre outras coisas, pelo chamado “Efeito da Mera Exposição”.
O Efeito da Mera Exposição diz que a exposição repetida a um estímulo é suficiente para melhorar a nossa atitude em relação a esse estímulo, ou, em outras palavras, nós tendemos a gostar mais de coisas quando elas nos são familiares, ainda que isso aconteça por um motivo banal.
Experimentos
Gustav Theodor Fechner (1801-1887), físico e filósofo alemão, é conhecido por ser um dos pioneiros no estudo da psicofísica, a ciência preocupada com as relações quantitativas entre as sensações e os estímulos que as produzem, conduzindo os primeiros experimentos conhecidos sobre o Efeito da Mera Exposição.
Robert Zajonc (1923-2008) foi um psicólogo social polonês, naturalizado americano, conhecido por seu vasto trabalho de pesquisa, sendo uma de suas mais importantes pesquisas a que se refere ao Efeito da Mera Exposição. Robert Zajonc, nesse experimento, mostrou aos participantes vários tipos de imagens (palavras estrangeiras, ideogramas chineses, ou rostos de estranhos). Foi solicitado a esses participantes que avaliassem quão agradáveis eram as imagens. Algumas pessoas viram as imagens apenas uma vez, outras as viram mais vezes (até 25 vezes). Os resultados mostraram que, quanto mais o participante havia sido exposto à imagem, mais ele avaliava ter gostado.
Ao longo dos anos, outros psicólogos mostraram que isso acontece para uma variedade de estímulos, incluindo pinturas, cores, sabores e figuras geométricas. Isso quer dizer que, em geral, quanto mais as pessoas são expostas a um estímulo, mais tendem a gostar dele!