Ferramentas Básicas da Qualidade: Gráfico de Pareto

O gráfico de Pareto é uma das ferramentas básicas da qualidade, é um tipo especial de histograma, e está fundamentado no chamado “Princípio de Pareto”.

Origens

O princípio de Pareto, também conhecido como regra 80/20, diz que em qualquer grupo de fatores que contribuem para um efeito comum, poucos são os responsáveis ​​pela maior parte do efeito; pode-se dizer que 80% dos efeitos provêm de 20% das causas, ou ainda, 80% dos resultados, provém de 20% das ações. Esse princípio tem origem no século XIX, quando Vilfredo Pareto analisou a distribuição de riqueza na Itália, e seus cálculos mostraram que 80% dela estava na mão de apenas 20% da população. Na década de 1950, o consultor da qualidade, Joseph Juran, concluiu que aquilo que Pareto havia observado era um princípio universal, e que poderia ser aplicado a uma variedade de situações, inclusive aos problemas de qualidade, e foi ele que cunhou o termo “Princípio de Pareto”.

Um histograma é um gráfico com faixas (verticais ou horizontais) utilizado para representar a frequência de dados, previamente organizados em intervalos ou classes, em que o comprimento da faixa (quando os intervalos são iguais) é proporcional à frequência da variável em determinado intervalo, e a sua largura, proporcional ao próprio intervalo; o histograma é uma distribuição de frequências, e por isso também é chamado de gráfico de frequências.

O Gráfico de Pareto

O gráfico de Pareto é um gráfico de frequências muito específico, em que a altura da coluna é igual à frequência de sua ocorrência, mas as colunas estão dispostas sempre em ordem decrescente, e com uma linha indicativa do percentual acumulado de ocorrência.

O gráfico de Pareto pode ser chamado, também, de diagrama de Pareto, análise de Pareto, ou histograma de Pareto. Ele é utilizado para classificar a importância de problemas ou outras questões, e identificar prioridades, já que as questões de maior impacto ficam bem evidentes. Utiliza, no eixo “Y”, em geral, o número de ocorrências, mas pode usar, também, tempo, valor financeiro, ou percentual de participação da variável em relação ao todo, entre outras coisas.

Exemplo

Imagine a seguinte situação: uma empresa quer reduzir o número de reclamações de seus clientes. Então, todos os relatórios de reclamações gerados pela área de atendimento ao cliente foram tabulados, resultando na tabela, a seguir:

Com base, nessa tabela, foi gerado o gráfico de Pareto, para análise:

Olhando o gráfico, vê-se, claramente, que as ações devem, inicialmente, ser direcionadas para analisar as causas dos atrasos nas entregas, bem como, as reclamações de mau atendimento; pois, juntos, esses dois motivos de reclamações representam pouco mais de 70% de todas as reclamações. Portanto, se esforços forem concentrados na análise das causas desses dois principais motivos de todas as reclamações, e ações forem implementadas para buscar melhoria, o impacto no resultado final será bastante grande. Ou seja, estamos trabalhando com o princípio de Pareto, pois, 80% das reclamações dos clientes vêm de 20% dos problemas, e 80% dos resultados, vêm de 20% das ações.

Veja a planilha com esse gráfico de Pareto na página de downloads.

Dentre as ferramentas básicas da Qualidade, o gráfico de Pareto ganha destaque pela objetividade com que estabelece e torna visível as prioridades em relação a diversas questões dentro de uma Organização.

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