Se você já viu a análise direta dos dados da pesquisa sobre O Uso do Smartphone nas Organizações, convido-o, agora, a explorar os resultados através da análise cruzada, onde podemos adentrar ainda mais nos meandros dos dados, obtendo informações mais características e distintas. Veja-as, a seguir.
Esse primeiro gráfico nos mostra algo que, provavelmente, não seria imaginado pela grande maioria de nós: quanto maior a faixa etária, maior é a percepção do aumento da produtividade com o uso do smartphone. Ou seja, os mais velhos parece que sabem, ou, pelo menos, pensam que sabem lidar melhor com o smartphone, aumentando sua produtividade no dia-a-dia de trabalho. Por quê? Talvez porque os mais velhos viveram os tempos do radinho de pilha, ouviram música na fita cassette e no vinil, maravilharam-se com a chegada do fax, e viram nascer o celular tijolão que mal fazia ligação, e, então, conseguem dosar o uso da nova tecnologia, sem exageros, e focados na produtividade que as ferramentas do smartphone proporcionam. Isso, obviamente, é uma inferência que eu faço, no sentido de tentar entender o que os números nos mostram. Mas, sem dúvida, identificar que a percepção de aumento de produtividade no uso do smartphone aumenta com a idade, é uma informação importante para qualquer gerente Organizacional e qualquer pessoa preocupada com produtividade.
Nesse gráfico, tabulamos as funções profissionais versus a percepção da produtividade com o uso do smartphone e encontramos que todas as chefias acreditam ter maior produtividade com o uso do celular em relação aos profissionais da mesma área que não exercem função de chefia. Também percebemos que o pessoal de Marketing/Vendas conseguem uma produtividade maior que o pessoal das outras áreas. Isso está nos mostrando que nem todas as funções estão tendo o mesmo ganho de produtividade com o smartphone no trabalho e, pior ainda, o ganho de produtividade revelado ainda é muito sutil.
Nessa tabulação, vemos que o pessoal de Marketing/Vendas é quem fica menos tempo longe do celular, o que segue a lógica; mas a pergunta que devemos nos fazer é se é realmente necessário, considerando todas as áreas, tanta dependência do smartphone durante o trabalho; haja vista que, a área Operacional (a área menos dependente do celular) tem 30,7% de profissionais que não conseguem ficar mais de uma hora sem mexer no celular, e a área de Marketing/Vendas (a área mais dependente do celular) tem 76,9% de profissionais que não conseguem ficar mais de uma hora sem mexer no celular.
Nesse gráfico, vemos que as maiores fatias de uso de celular corporativo estão com as chefias Operacional (17,1%) e de Marketing/Vendas (15,4%). O pessoal Operacional é aquele que tem a maior fatia de uso de celular particular (76,9%), seguido pelo pessoal da área Administrativa e Financeira (71,8%).
Os profissionais que utilizam apenas o celular corporativo indicaram a maior percepção positiva de produtividade, enquanto que, ao contrário, os profissionais que utilizam apenas o celular particular indicaram a menor percepção positiva de produtividade.
Nesse gráfico, vemos que o pessoal que utiliza um celular particular foi quem indicou o menor percentual de uso exclusivo para assuntos de trabalho (24,3%), enquanto que o pessoal que utiliza somente um celular corporativo foi o segundo maior percentual dedicado ao uso exclusivo em assuntos de trabalho (48,9%), logo atrás de um celular corporativo com dois chips (50,0%).
Muito Mais a Entender
Sem dúvida alguma, esse tema é vasto e extenso, e não se esgota aqui; ao contrário, pois, cada vez mais, ganha maior proporção nas Organizações e entendê-lo muito bem é uma necessidade. Por isso, trabalhar na busca da melhor utilização possível do smartphone nas Organizações deve ser tarefa obrigatória dos gestores e de todos os responsáveis por produtividade; além de ser, é claro, responsabilidade inerente a todo profissional que se preze! Desenvolver as oportunidades dessa ferramenta fantástica e, ao mesmo tempo, minimizar seus pontos fracos, esse é o desafio!